CIDADE DO CABO
Principal destino turístico na África do Sul, a Cidade do Cabo, segunda cidade mais populosa do país, será uma das principais sedes da Copa do Mundo. Lá serão realizados oito jogos, todos no especiamente construído Green Point Stadium. São 68 mil lugares. Ela será, ao lado de Durban, uma das bases da torcida brasileira na Copa do do Mundo.
A Cidade do Cabo conta com uma grande diversidade de belezas naturais, como a Table Mountain, o famoso Cabo da Boa Esperança e a orla da Baía Falsa, entre outras. Nas zonas centrais da cidade, a estrutura e a organização são de Primeiro Mundo. É possível ver carros como Lamborghinis e Aston Martins andando pelas ruas.
A pobreza, porém, também está presente nas zonas periféricas ou margeando autoestradas. Townships (um equivalente às favelas do Brasil) podem ser vistas por quilômetros no caminho entre o Centro e o aeroporto, por exemplo.
- Após a Copa do Mundo, a capacidade será reduzida em dez mil lugares e deverá ser usado também para jogos de rugby e shows.
- O estádio custou 4,5 bilhões de rands (cerca de R$ 1 bilhão) para ficar pronto
Joanesburgo
Joanesburgo é o coração da Copa do Mundo. Aqui serão disputados 15 dos 64 jogos do torneio, incluindo a partida de abertura, duas oitavas de final, duas quartas de final e a decisão. É a única cidade-sede a ter dois estádios, um deles o belíssimo Soccer City (Cidade do Futebol, em português), totalmente reformado para a Copa e que se tornou o maior de todo o continente, com capacidade para 94 mil pessoas.
A cidade não tem grandes belezas naturais, não é a capital, mas mesmo assim pode ser considerada a mais importante da África do Sul. Joanesburgo é o principal centro econômico e tem a maior população do país, com 3,2 milhões de habitantes. É também casa dos dois clubes sul-africanos mais populares, o Kaizer Chiefs e o Orlando Pirates, ambos nascidos em Soweto, o distrito da cidade que ficou conhecido como símbolo da luta contra a segregação racial.
Joanesburgo é um bom exemplo da desigualdade social que atinge a África do Sul. Há muitas áreas ricas, ruas bem cuidadas, shoppings, casarões e carros importados, mas também há a periferia pobre, ainda habitada quase que exclusivamente pelos negros. A violência urbana é alta, mas não superior à do Rio de Janeiro ou de São Paulo, por exemplo. Só que o clima de medo aqui parece maior, fruto, também, da insegurança surgida no início dos anos 90 com o fim do Apartheid.
Palco do jogo de abertura e da decisão da Copa do Mundo de 2010.
- O estádio tinha capacidade para 80 mil pessoas antes de ser totalmente reformado para a Copa do Mundo e hoje é o maior da África.
- Foi sede do primeiro grande comício de Nelson Mandela após sua libertação, em 1990.
- Também recebeu a decisão da Copa Africana de Nações de 1996, a maior conquista do futebol sul-africano.
- Está localizado na entrada de Soweto, o distrito de Joanesburgo famoso pela luta contra o Apartheid e onde nasceram os dois maiores clubes do país: Kaizer Chiefs e Orlando Pirates
Elias Park
O Ellis Park, em Johannesburgo, terá a capacidade de 60 mil lugares depois que sua reforma terminar. Sediará 7 jogos da Copa do Mundo 2010, incluindo uma quarta de final.
DURBAN
A cidade de Durban é, ao lado da Cidade do Cabo, um dos principais destinos turísticos da África do Sul. Não por acaso foi escolhida como uma das "casas" da torcida brasileira durante a Copa do Mundo. Durban tem praias com temperatura aceitável para banho e ondas boas para prática do surf.
É a região de maior concentração de imigrantes indianos na África do Sul, e também um dos grandes expoentes da cultura Zulu. Ao contrário do Cabo, entretanto, a região central da cidade intercala prédios antigos e mal cuidados a construções recentes. As áreas mais ricas ficam nas cidades do entorno, como Umhlanga, que fica a 17km. A três horas de carro, está o Parque Hluhluwe, onde é possível fazer safári.
O estádio de Durban é o Moses Mabhida. Muito bonito por dentro e por fora, o estádio tem capacidade para 70 mil pessoas e vai receber sete partidas da Copa do Mundo.
Um arco corta o estádio ao meio e, por ele, o público poderá tomar um carrinho e subir até o topo. O projeto prevê até bungee-jump no local.
- O estádio custou 2,6 milhões de rands (R$ 580 milhões).
- A capacidade será reduzida para 56 mil lugares após o Mundial
Pretória
Pretória é a capital da África do Sul. Está a apenas 40 minutos de carro de Joanesburgo e por isso forma com a cidade vizinha o centro político e econômico do país. O nome é uma homenagem a Andries Pretorius, herói do povo africâner (sul-africanos brancos descendentes de europeus que criaram o regime do Apartheid).
Pretória tem pouco mais de 2 milhões de habitantes e é a cidade de dois importantes clubes de futebol da primeira divisão. Um é o Supersport, atual bicampeão nacional. O outro é o Mamelodi Sundowns, apelidado de “Os Brasileiros” por seu uniforme muito parecido com o da nossa seleção. É também sede do Blue Bulls, uma das equipes de rugby mais tradicionais do país.
Os três normalmente jogam no Loftus Versfeld, que receberá seis jogos da Copa do Mundo. O Loftus tem bela arquitetura e foi construído originalmente em 1906 - é o estádio mais antigo a ser usado no Mundial de 2010. Ele participou dos três eventos esportivos mais importantes que a África do Sul já sediou - a Copa do Mundo de Rugby, de 1995, a Copa Africana de Nações, de 1996, e a Copa das Confederações de 2009, quando foi palco, entre outras partidas, da vitória do Brasil sobre a Itália por 3 a 0.
- Palco da abertura e da final da Copa das Confederações de 2009, foi um dos quatro estádios que receberam o torneio.
- Em 2001, protagonizou uma das maiores tragédias do esporte mundial: 43 pessoas morreram quando 30 mil torcedores tentavam entrar no estádio já lotado para o clássico entre Kaizer Chiefs e Orlando Pirates.
- Recebeu a final da Copa do Mundo de Rugby de 1995, conquistada pela África do Sul.
- Foi originalmente construído em 1928, mas posto abaixo e reconstruído em 1982. Sua finalidade era receber jogos de rugby.
Porto Elizabeth
Porto Elizabeth forma, ao lado da Cidade do Cabo e de Durban, o grupo das três sedes mais turísticas da Copa de 2010. A cidade não é muito grande, tem apenas um milhão de habitantes, e está no litoral sul do país. Embora o Mundial seja disputado no rigoroso inverno sul-africano, nada propício para um mergulho, as belezas da cidade valem a visita. Além das praias, há também prédios do século XIX com arquitetura de influência inglesa.
E basta uma hora de carro para conhecer outras atrações da região, como Jeffreys Bay, que todo ano recebe uma etapa do circuito mundial de surfe (WCT), e o Parque Tsitsikama, que fica na beira do mar e proporciona paisagens magníficas, além de atividades como mergulho e passeio de barco. Ainda há o maior bungee jump do mundo, segundo o Livro dos Recordes, com 216 metros de altura. O salto é da ponte Bloukrans, que liga a província do Cabo Oriental (onde fica Porto Elizabeth) à província do Cabo Ociental (onde está a Cidade do Cabo).
Porto Elizabeth é a segunda sede com mais jogos, ao lado da Cidade do Cabo, e só atrás de Joanesburgo. Seu moderno estádio foi construído especialmente para o Mundial e tem o formato da flor símbolo da África do Sul, a Protea, que serve também como apelido da seleção nacional de críquete. Ele receberá oito partidas, incluindo uma das quartas de final e a decisão do terceiro lugar.
É o primeiro estádio de futebol da cidade.
- O nome, claro, é homenagem ao ex-presidente Nelson Mandela
Bloemfontein
Bloemfontein é uma das cidades mais apaixonadas por futebol na África do Sul. A recepção calorosa à seleção brasileira, na Copa das Confederações, foi prova disso. Mas se você quiser ter outra demonstração de como o povo de lá gosta de futebol, basta ir ao jogo do Celtic, que tem uma torcida vibrante e o uniforme igual ao do xará escocês.
Apesar de ser a capital judiciária da África do Sul e de ter cerca de 850 mil habitantes, Bloemfontein cultiva um ar de cidade do interior. Um de seus filhos mais ilustres é o escritor J.R. Tolkien, criador de “O Senhor dos Anéis”, que nasceu em 1892, mas deixou a cidade ainda criança rumo à Inglaterra.
O estádio de Bloemfontein, reformado para o Mundial, terá seis jogos do torneio, sendo um pelas oitavas de final e os outros cinco pela primeira fase. Em 2009, ele também sediou a Copa das Confederações, recebendo, entre outros, o confronto entre Brasil e Egito, vencido pela seleção por 4 a 3.
- Um dos quatro estádios que receberam a Copa das Confederações de 2009, incluindo jogos do Brasil.
- A capacidade anterior era de 38 mil lugares
Rustemburgo
Rustemburgo é uma cidade pequena, com menos de 400 mil habitantes, que fica a duas horas de carro de Joanesburgo. Suas principais atrações são o Sun City, um grande resort que servirá também como hospedagem na Copa de 2010, e o parque Pilanesberg, com pouco mais de 500 quilômetros quadrados, que é uma boa opção de safári.
O maior orgulho da cidade é ser o principal explorador de platina do mundo. Por motivos óbvios, a equipe de futebol de Rustenburgo é o Platinum Stars, da primeira divisão nacional. O estádio usado pelo clube foi reformado para a Copa de 2010 e tem capacidade para 42 mil pessoas. Receberá seis partidas do torneio, sendo cinco pela primeira fase e um pelas oitavas de final
- Um dos quatro estádios que receberam a Copa das Confederações em 2009.
- O nome é em homenagem ao povo Bafokeng, que habitava a região.
Polokwane
Polokwane é, ao lado de Nelspruit, a cidade-sede que receberá menos partidas da Copa de 2010. Serão apenas quatro, todas pela primeira fase. Nem por isso, houve economia. O governo desembolsou mais de US$150 milhões para a construção do estádio do Mundial, batizado de Peter Mokaba em homenagem a um dos líderes da luta contra o Apartheid, que morreu em 2002.
A cidade está localizada no norte do país, próxima a três vizinhos sul-africanos - Botsuana, Zimbábue e Moçambique. Polokwane foi fundada em 1886, ainda com o nome de Pietersburgo, uma homenagem a Petrus Joubert, um general africâner (grupo de sul-africanos brancos descendentes de europeus). Após o fim do Apartheid, o nome mudou para Polokwane, que em sesotho, uma das 11 línguas oficias da África do Sul, quer dizer “lugar de segurança”.
Mas antes da Copa do Mundo, antes do Apartheid, antes mesmo da formação da África do Sul, Polokwane já era habitada. Registros dão conta de civilizações que viveram por lá entre 1300 e 1000 antes de Cristo.
Peter Mokaba foi um dos líderes do movimento contra o Apartheid na África do Sul e nasceu na região do estádio.
- O design da construção é inspirado no formato da árvore Baobab
Nelspruit
Nelspruit é a menor das sedes da Copa, com uma população de pouco mais de 200 mil habitantes. Seu estádio foi construído especialmente para o torneio e tem capacidade para 46 mil pessoas. Pode, portanto, receber mais de 20% dos moradores da cidade. Lá serão disputadas quatro partidas, todas pela primeira fase.
Localizada no nordeste do país, Nelspruit está a 350 quilômetros da capital Pretória, mas a menos de cem de Moçambique. A cidade é conhecida como a principal entrada do Parque Nacional Kruger, que tem área de cerca de 20 mil quilômetros quadrados (chega até Moçambique). É um dos maiores safáris do continente e um orgulho para a África do Sul.
O Kruger tem todos os “Big Five” (cinco grandes, em português), o grupo dos cinco animais mais difíceis de serem capturados - leão, elefante, búfalo, leopardo e rinoceronte. Segundo dados do próprio parque, lá vivem 1,5 mil leões, 27 mil búfalos, entre 7 mil e 12 mil rinocerontes, 350 rinocerontes negros, mil leopardos e 12 mil elefantes.
Mbombela é uma palavra do idioma SiSwati, um dos 11 oficiais do país, e significa “muita gente junta em um pequeno espaço”.
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